terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sobre a demissão de minha mãe, Maria do Carmo Lobato, da presidência da Santa Casa do Pará

Mais uma vez, a minha mãe foi demitida - desta vez, pela televisão - por um governo que cede às pressões de uma imprensazinha sangrenta e sensacionalista. Na primeira demissão, à época do governo do PT, foi porque ela denunciou ao jornal O Liberal o calote do governo ao Hospital Metropolitano, que estava há meses sem receber recursos. Agora, foi demitida pelo PSDB após a morte de dois bebês de uma gestação de risco; nada foi apurado, não há provas de que a médica que estava de plantão no hospital tenha omitido socorro. Minha mãe, até ontem presidente da Fundação Santa Casa, foi demitida, provavelmente, por pressão política e porque alguém - além do próprio secretário de saúde e do governador, que são quem gerencia os recursos - tem que pagar. Alguém "mais fraco", será? Não; minha mãe está bem acima disso, é bem superior a este monte de fezes de cavalo e carniça. Por isso, foi demitida.

Ela assegurou nas entrevistas que deu durante todo o dia, para todos os veículos de comunicação de Belém, o que continua confirmando: a Fundação Santa Casa, em nome dela, estava do lado da médica, porque a profissional em questão não omitiu socorro. Há documentação provando isso. Os exames do IML confirmarão que não houve omissão; a morte dos bebês foi uma tragédia que nada teve a ver com a gestão, com a competência de minha mãe. Tem a ver, isso sim, com décadas e mais décadas de omissão, mediocridade, mentes pequenas, mentes pobres de espírito e de coração, que deixaram nossa saúde virar motivo de piada em todo o País.

Há 20 e poucos anos na administração pública, 12 anos de Hospital de Clínicas e mais dois no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, mais de uma década no Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM/PA) (onde é, inclusive, membro do Conselho de Ética), com pós-graduação em administração hospitalar no Japão, minha mãe, Maria do Carmo Lobato, é professora aposentada (concursada federal e do Estado), otorrinolaringologista, membro do CRM e – graças a Deus – não depende de DAS pra sobreviver.

Aceitou o convite para ser presidente desta fundação por acreditar que trabalha bem – coisa que centenas, ou talvez milhares, de pacientes, amigos e médicos colegas o sabem – e que poderia fazer um bom trabalho no hospital, que foi sucateado nos últimos anos por gestores e governantes os mais variados. Mas foi demitida por um caso não apurado; por um caso que, certamente, não questiona sua competência, tampouco sua capacidade de ser transparente e abrir os fatos para investigação - coisa que desde o primeiro momento alegou querer fazer.

Amigos, volto a repetir o que todos sabem que penso: o Pará, desse jeito, merece o lugar de fundo de poço em que está. Merece, e não tenho mínima vergonha de dizer isso: eu já desisti, covardemente, aos 22 anos, e larguei de mão este lugar de políticos nojentos, sem lei nem moral, que se prostituem por um cargo comissionado e jogam pros urubus quem não tem culpa alguma. Minha mãe vai sair do setor público – espero eu, pois não aguento mais vê-la ser humilhada por essa gentinha, seja PT, PSDB... – e seguirá com sua vida, vida íntegra, sem um único pingo de lama no currículo.

Enquanto isso, o governo nomeará outro(s) “presidentes”; muito provavelmente menos comprometidos, menos competentes, selecionados por critérios políticos, treinados para ficar como cachorrinhos, de boca calada e repetindo os discursos do patrão. A Santa Casa continuará na lama, milhares de grávidas sem pré-natal, sem apoio algum do poder público, continuarão tendo filhos que nascerão mortos à porta de prontos-socorros.

Tudo isso continuará sendo feito pelos governantes sem pulso, medrosos, corruptos e entregues ao sensacionalismo barato. Mas eles passarão. Minha mãe, passarinho.

36 comentários:

alessandra leal disse...

Concordo plenamente com você, como medica e servidora publica, que paga o preço de sua própria escolha!Decidem políticas publicas que temos que seguir, sem respeito ao profissional ea população. Trabalhei com a Dra Maria do Carmo e sempre digo que quando eu crescer quero ser como ela!

Anônimo disse...

Defender a tua mãe é uma atitude louvável, mas tu não precisas ofender a todo o povo paraense xingando-os de "GENTE NOJENTA, POLITIQUEIRA E SEM MORAL" para isso.Baixaria sem tamanho tentar defender alguém atacando gente que não tem nada a ver. Não é porque moras em São Paulo que deixaste de ser PARAENSE, NOJENTO, POLITIQUEIRO e SEM MORAL. Pense bem antes de apontar o dedo na cara dos outros.

Guto Lobato disse...

Anônimo, você entendeu errado. Me refiro aos políticos de nosso Estado, ok? Nunca quis me referir a toda a população paraense.

Para evitar este tipo de interpretação, vou ajustar o texto.

De qualquer maneira, obrigado pelo toque, que evitará outros maus entendidos.

Abraços,

Anônimo disse...

Tudo bem que você esteja revoltado com o que está acontecendo com sua mãe. Mas como disse o Anônimo 3:20 você não precisava ter generalizado, afinal os problemas que existem aqui existem em São Paulo também vide recente caso do hospital de Sorocaba e tantos outros.
Já que você alterou seu texto me sinto menos ofendido, mas não venha dizer que em São Paulo não existem corruptos, a não ser que você viva em algum tipo de bolha.

Anônimo disse...

Obrigada!
pela primeira vez estou lendo seu blog e tive uma péssima impressão enquanto paraense.
Vejo que os outros posts são muito diferentes do que você escreveu aqui e tratam de Belém até com muito carinho.
Deve ser a indignação mesmo...
Pois bem, explicando tudo acho que fica tudo bem entre você e quem mais pudesse ter qualquer impressão "errada" sobre seu texto.
Os fatos ainda não foram apurados mas parabéns por defender sua mãe; ratifico, é uma atitude louvável!

Priscila

Natasha disse...

Guto, defenda sua mãe como quiser e como achar mais apropriado, e àqueles que moram aqui no Estado que se sentirem ofendidos por tuas palavras mais enfáticas é porque vestem carapuças, porque eu moro aqui e em nenhum momento me senti ofendida com tuas palavras, muito pelo contrário, me sinto é vitima dessa gentinha toda que faz politicagem e ainda querem sujar o nome de muita gente que trabalha sério. Lute pelo que vc acredita, lute sim para que essas pessoas não tentem (até pq não vão conseguir) jogar o nome de sua mãe na lama como se fosse uma comissionada qualquer que irá lutar por alguns votinhos.

Comite Carajas disse...

Por isso esse ESTADO tem que ser dividido, o Sul do Pará sofre com esses politicos da CAPITAL a decadas e ninguem faz nada...

Sua mãe foi ética e ela sairá melhor do que todos nessa.

Força ai.

#CarajásSIM

Anônimo disse...

Natasha, acho que "como quiser" até foge dos princípios de um jornalista, tanto é que o Guto retificou seu texto para evitar problemas. Existe uma linha tênue entre a indignação e o desrespetito. Portanto guto, defenda sua mãe da melhor maneira possível, use os meios que achar necessários, vá até o fim para provar a sua verdade mas sempre cuidando para não OFENDER ninguém.
Quem se sente ofendido nã é porque usa carapuças, se você trocar o trecho "políticos nojentos" para "gente nojenta" como estava antes, verá que engloba toda a população do Estado. Inclusive você, Natasha.
Abraço

Maria Madalena disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Guto Lobato disse...

Pessoal, obrigado pelos comentários desde já.

Ao contrário do que foi dito, não retifiquei para evitar problema algum. Estudei jornalismo e faço mestrado em comunicação justamente por acreditar que as palavras têm poder - mesmo que, por vezes, soem ofensivas - e precisam ser ditas, sem meios-termos ou eufemismos bobos.

Este texto trata do Pará exatamente como ele é - como um local abandonado, dominado por oligarquias, que, politicamente, ainda vive no século XIX, fazendo sua população sofrer na porta de hospitais (pela saúde pública pífia), de casa (pela violência) e das escolas (pela educação VERGONHOSA) por conta de conchavos, interesses, politicagens, roubalheira e promiscuidade.

E eu, a cada dia, me envergonho mais de fazer parte disso, de ter votado neste governo que, pensei, mudaria a nojeira instalada nos 4 anos anteriores - e que já tinha resultado, por conta do PT, em outra demissão de minha mãe, por motivos políticos, quando ela era diretora do Hospital Metropolitano, e fazia uma gestão reconhecidamente de qualidade.

Não tenho vergonha alguma em dizer que, sim, em São Paulo as coisas se repetem, mas, certamente, há mais estrutura que Belém - em tudo o que se possa mencionar - por inúmeras razões políticas, econômicas, sociais, históricas e etc. Mas isso não vem ao caso. O que interessa é que estamos falando da Santa Casa de Misericórdia do Pará, situada em Belém. É em relação a este contexto que devemos nos preocupar, porque, aqui, acreditem, estão todos cagando e andando para o Pará.

Defendo minha mãe como filho, por vezes de forma agressiva - espero que esse tipo de injustiça nunca seja praticada contra a mãe de vocês, anônimos... mas vocês certamente entenderiam -, mas não menti em uma linha sequer. Se ajustei o texto, é porque estava ambíguo - não porque queria "ofender o povo paraense" (oh! ufanismo).

Esta é minha percepção. Minha opinião, e estou livre para tê-la. Sem "cuspir no prato" da terra em que nasci e cresci, mas consciente de que eu, como paraense, a cada dia tenho mais razões para sentir vergonha de meu Estado do que para me orgulhar. Culpa dos políticos e de nós, eleitores. Ou não?

Abraços e obrigado pela visita. Se estão aqui, é porque apoiam minha mãe de alguma maneira.

beth_castro disse...

Guto parabéns por defender a Dra Maria do Carmo,sua mãe e uma excelente profissional. Trabalhei com ela no Hospital Metropolitano e foi onde a conheci ,não era a chefa e sim a colega e amiga que nos conhecia pelo nome.Nunca esquecerei o apoio q tive dela qdo meu pai adoeceu,me tratou como a Elizabeth e não com o a colaboradora daquele hospital.Fiqueimto feliz qdo ela foi indicada a presidencia da sta casa,vislumbrei um futuro melhor,mas infelizmente tentaram arranjar um culpado e ela foi a escolhida.Deixo a minha solidariedade a Dra como colega e como pessoa.

Anônimo disse...

Eu interpreto o teu post como um desabafo de filho e de paraense, mas minha postura aqui será como brasileira. Infelizmente toda notícia que deveria ser levada com seriedade, amplamente discutida e analisada é transformada em motivo de sensacionalismo. Neste país, chamado Brasil, os médicos são os responsáveis pelo fracasso da saúde, tal como o professor é o único responsável pelo fracasso da educação, mas quem está no meio do caos sabe das reais condições de trabalho. Sabe que para ser um exímio profissional também depende dos recursos que o Estado deveria oferecer. Por isto que falar sobre a saúde transcende o que está acontecendo. Eu lamento que a origem de toda essa tragédia não é repassada a população, tampouco é discutida com ela. Sou paraense, nascida em Belém e professora, e acredito que todo o profissional tem o seu papel de educador e sua função social, este meio de comunicação tem sido muito bem utilizado por ti como intrumento de educação, na situação que a população se encontra, que ao meu ver ainda é passiva, é necessário que a gente leia ou escute para acordar ou despertar o sentimento de indignação por este contexto de abandono quase pleno dos serviços públicos. Deve-se fazer algo contra esta realidade e não conta um ou dois profissionais. Parabéns!

Flávia Chaves disse...

Adorei seu texto! E concordo em tudo! Já imaginava que você receberia essas críticas... pois nunca vi um povo tão sensível como o paraense.
Cheios de não me toque...
O problema talvez comece ai, o povo não se levanta contra tudo o que há de mal neste lugar, não sei se por falta de conhecer de outros lugares ou se por puro bairrismo mesmo.
Abram o olho e coloque o dedo na própria ferida, para assim possa ser um lugar digno dos paraenses viverem.

Anônimo disse...

"(...) nunca vi um povo tão sensível como o paraense.
Cheios de não me toque..."

A Flávia disse tudo.

Anônimo disse...

Jovem,

Não culpes a Imprensa pelos atos de terceiros. Não deixes que o fígado pense por seu cérebro . Não comprometas seus mestres ao agir como alguém que nunca ocupar um banco de escola e cuja falta de educação é injustificável. Se jamais teve a honra de sentar em uma redação jornalística é porque não deverias ser "grande coisa" dentro dela. Aliás, termines seu mestrado para que tenhas aprendido algo que sua graduação não te ofereceu. E agora compreendi a omissão da profissão jornalista de teu perfiu neste blog.

Guto Lobato disse...

Anônimo das 7:58,

Primeiro: você sabe ler? Abaixo, meu perfil e a palavra que você disse faltar: "Belenense residente em São Paulo, JORNALISTA, mestrando em Comunicação, marido da Mayara, dono de casa, músico frustrado e, vez ou outra, blogueiro."

Segundo: em resposta à sua indagação, tenho experiência de 2,5 anos em jornal impresso - pouco, a meu ver, mas pra vc deve ser muito. Trabalhei nos jornais O Liberal e Amazônia e na Folha de S. Paulo.

Mas não entendi o porquê da dúvida... isso me exime de poder criticar a imprensa? A meu ver, não... critico sim, e à vontade, porque a imprensa sensacionalista - em especial, a televisiva - teve papel essencial neste incidente grotesco que começou ontem e culminou na exoneração humilhante de minha mãe, uma profissional competente e dedicada.

No mais... "perfiu", "que nunca ocupar"... acho que você é que precisa passar pela cadeira da escola de novo, hehehe. ;o)

De qualquer forma, valeu a visita! Abraço.

Cristiani Larrat disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Tua mãe perdeu apenas um cargo, tá certo que o nome dela foi jogado no lixo, mas e a mãe que perdeu os filhos? E daí que a grávidez era de risco, ela tinha o direito de ter um atendimento digno como qualquer cidadão que paga seus impostos, vc já tentou se colocar no lugar desses pais? Eu entendo tua revolta, também acho que ela não foi a culpada e nesse caso quem deveria ter sido "demitido" era o Senhor nosso governador, que por acaso, deve ter ganho com a ajuda do teu voto, do voto da tua mãe, da tua familia, entra governo e sai governo e ninguém tira o Pará do fundo do poço, sabes por que? Por que a população não tem consciência de que só quem pode curar este câncer é a própria população, que se vende por um boné, por uma cesta básica ou um Cargo comissionado...Sou solidário à tua revolta,mas, sou mais solidária ainda à família, aquela mãe que sentiu a dor do parto e sentiu a dor da morte de 2 filhos!!!

Anônimo disse...

ok, você tem seus motivos PESSOAIS para defender SUA PRÓPRIA MÃE, mas...

quando essa senhora assumiu o cargo ela já sabia(mesmo que informalmente, que o sistema de saúde brasileiro está sempre em crise) e MESMO ASSIM ACEITOU O CARGO, sem EXIGIR ou COBRAR por MELHORIAS desse sistema.

Então é óbvio que ela estava recebendo seu salário, e já que o aceitou, seria responsabilizada por qualquer problema que houvesse nesse setor!!!

O que pesa aqui é que qualquer erro leva a perdas de vidas!!!

Se ela não consegue coordenar uma equipe médica de que lhe serve um diploma de PÓS-GRADUAÇÃO em ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR No JAPÃO ?????????????????

Quem sabe no próximo emprego ela possa REALMENTE ADMINISTRAR um HOSPITAL,né.

Guto Lobato disse...

Comentários ofensivos... certamente vocês nada sabem do trabalho de minha mãe e de toda a equipe dela.

Reproduzo aqui o comentário de um amigo estudante de medicina:
"fiquei muito triste com a saída sua mãe,em primeiro lugar pq nada foi apurado,em segundo pq vi mudanças profundas na santa casa que só quem está lá dentro pode perceber"

Eles, ao contrário de vocês, que se escondem no anonimato para ofender pessoas sem comprovação ou argumentos, têm cacife para falar algo. Pesquise - longe de nossos amigos e colegas - e veja o que a maioria fala a respeito da competência dela.

Por último: entendo e sei da dor da família da mãe que perdeu seus filhos. Ela, certamente, é a grande vítima. Algum momento disse o contrário? Porém, o assunto aqui é a INJUSTIÇA de punir minha mãe por algo que não é culpa dela. Como já disse, ela não depende de DAS; a demissão é o de menos, o grande é a ACUSAÇÃO que lhe foi feita.

Minha mãe não é uma tucana que se vende para partido; portanto, respeitem-na, não digam que ela assumiu cargo querendo dinheiro. Até porque, graças a Deus, esse dinheiro não paga as contas dela; não fará falta, ao contrário de outros coleguinhas que mamam na teta do Estado entra governo, sai governo.

Se quiserem ofendê-la e discutir comigo - e ver como posso convencê-los da incoerência e extremo desrespeito de suas palavras -, mostrem a cara e deem seus nomes. Aprendi com ela a não ser covarde, ao contrário de vocês e dos demais que sustentam a miséria, a escória, a completa decadência política do Pará.

Por último, ela assumiu o cargo sabendo de suas responsabilidades e cobrou melhorias, CONSTANTEMENTE. Desde 8 de agosto, quando a superlotação começou, um ofício e várias mensagens já haviam sido enviadas ao secretário de saúde. Leiam na Folha de S. Paulo e se informem: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/964877-diretora-denuncia-secretario-apos-morte-de-gemeos-no-para.shtml

É isso.

Anônimo disse...

Noosssaaaaaa. Quantas experiências!Ao ler meu comentário com a palavra perfil manipulada para "perfiu" percebo o quanto antiético você chega a ser para tentar desqualificar alguém que ouse lhe contestar.
Sem polêmicas com quem não aceita críticas.

Guto Lobato disse...

Comentário manipulado? IOAEIOEHIEAIOHEAIOEHAIOEHAIOEAHIOEHAIOHEAIOHAIOEAHIOAHEIOAHEIOAEHAIOHEAIOHIOEHAIOEHAIOEHAIOEHIOAHEIOAHEIOAHEIOAHEIO

POR QUEM? E COMO?!?!?!?!?! AEOIHAEOIEHIOAHIUAHEIOAEHAOEHIOAHEAHEIOAEH

COMO ASSIM? Amigo, vai num psiquiatra, olha essa psicose persecutória aí, hein! Que mania de perseguição!

Achas que eu tenho tempo pra ficar mexendo em comentário|?? Isso não existe no blogspot, hahahahahahahahahah!!! Não se pode editar comentário, meu blog é LIVRE, nem moderação tem! Qualquer um, até tu, podes comentar aqui à vontade!


Que é que é isso... volta pro buraco de onde não devias nem ter saído, belzebu! Haaieaiohioaehioaehaioehaioehaioeahioaioehiaohioaheioaheioheaioeh

Mayara Luma Maia Lobato disse...

Ei, anônimos, MOSTREM A CARA!!!!

Cadê a coragem de vcs??? Ficam aí só vociferando, escondidinhos!! Vou pedir pra Dra. Maria do Carmo dar uma aula de coragem pra vcs, seus fracos!

NÃO TEM COISA PIOR DO QUE NÃO FALAR NA CARA, DO QUE NÃO TER CORAGEM PRA ASSUMIR SUAS PALAVRAS E ATOS!

Não honram nem as calças e acham q podem vir falar de honra? ha-ha-ha!

Mayara Luma Maia Lobato disse...

Ei, anônimos, MOSTREM A CARA!!!!

Cadê a coragem de vcs??? Ficam aí só vociferando, escondidinhos!! Vou pedir pra Dra. Maria do Carmo dar uma aula de coragem pra vcs, seus fracos!

NÃO TEM COISA PIOR DO QUE NÃO FALAR NA CARA, DO QUE NÃO TER CORAGEM PRA ASSUMIR SUAS PALAVRAS E ATOS!

Não honram nem as calças e acham q podem vir falar de honra? ha-ha-ha!

Delma disse...

Guto, concordo completamente com você. Como mãe de médico,vejo de perto como sofre essa categoria, espremida entre o juramento que fizeram um dia, de salvar vidas e a dura realidade de, às vezes, terem que decidir quem vai receber atendimento .

alessandra leal disse...

Torno a dizer, quando eu crescer quero ser que nem ela! Profissional dedicada, seria,que fala e escuta! Não sou filha, nem parente, somente alguém que tem admiração por ja ter trabalhado com ela! E que reconhece e conhece essa luta, infelizmente, inglória.

Rosa F disse...

Certíssimo no que dizes, essa politicagem que atinge a nós todos é uma praga. Só será erradicada quando o povo tiver conhecimento bastante para eleger bem seus representantes. Infelizmente, esse dia parece estar longe. Um povo que não lê, fissurado em Rede Bobo e outras sensacionalistas do gênero, dificilmente será capaz de diferenciar o administrador honesto do corrupto. É uma pena. Enquanto isso vamos sofrendo!

Andréa disse...

Nossa, lendo te blog, vi o quanto de desprezo tu sentes pela cidade que acolheu teus familiares...Vi o quanto preconceitoso tu és, rapaz, violência, sujeira, má educação, pobreza tu não encontras só aqui não, isso existe em todo lugar, a tua vantagem é ter vindo de uma classe mais favorecida, que não precisou, certamente, andar de ônibus, que não morou em casa de tábuas, que, tenho absoluta certeza, nunca passou fome, tu despreza a cidade, tu despreza seus habitantes, a grande maioria formado por mizeráveis...sabes por que tu pensas assim, por que és um esnobe nojento, já foi embora daqui tarde, tu cobras melhoria na cidade, mas será que tu já fizeste alguma coisa digna pra tira-la desse atoleiro? Ou só ficou de mimimi mesmo, reclamando sentado...A cidade não precisa de pessoas do teu naipe, agora deves estar radiante aí na cidade grande, aspirando poluição, engarrafamentos quilometricos, sendo discriminado pelos preconceituosos de São Paulo, tu saiste de Belém, da cidade que tu despreza, que tu tens ojeriza, mas ela está estampada na teu rosto, nos teus traços indío-caboclo....Mas como diz o "caboco", ele está na cidade grande, em "Sum Paulo", grande bosta...Por que não atravessou o Oceano, seria mais digno...

Desabafei, não me contive, quando li teus pensamentos típicos de filhinho de papai, quetem aos montes em Belém!!

Guto Lobato disse...

Vamos lá, Andréa, vou responder ao seu comentário (finalmente um anônimo "escandaloso" que mostra a cara, hehe):

1 - Não sou filhinho de papai. Muito pelo contrário; me orgulho de minha origem, de meu pai vindo do Acará e do meu avô, português fugido na época da guerra para o Brasil, que começou como padeiro em Belém. Fui criado sabendo fazer as coisas por conta própria, ando de ônibus desde os 11 anos de idade (continuo andando, mesmo "na megalópole", como você pejorativamente diz) e, até hoje, levo minha vida ganhando meu próprio salário, trabalhando muito e vivendo bem por mérito próprio, obrigado! :)

2 - Como você disse, tenho o maior orgulho de dizer que tive a sorte de nascer e ser criado em uma família de classe média. Porém, isso não significa que tenha olhos fechados pro mundo. Como jornalista, já trabalhei em caderno de Cidades e Polícia e vivenciei todos os dramas semelhantes ao da moça que procurou atendimento médico nas maternidades de Belém. Suspeito, aliás, que você, com tanto ódio, seja mais um desses burgueseszinhos que se criticam mutuamente. Só uma suspeita...

3 - Não desprezo ninguém, minha querida. Desprezo a mentalidade provinciana de algumas pessoas (entre elas os filhinhos de papai e políticos, é claro) que acham que Belém poderia ser pior - e não pode. Tenho vergonha de ser paraense quando vejo nossa cidade ser motivo de piada por sua saúde, sua educação, sua segurança pública; por outro lado, tenho orgulho de falar português correto, de pronunciar os "s"s com sotaque dos tempos de colônia e de ter como prazeres culinários tacacá, farofa da grossa e maniçoba. Desprezo também gente que nem você, que não sabe ler e interpretar críticas (à classe política, à mentalidade provinciana da elitezinha imbecil da cidade, à falta de perspectiva que é oferecida à população carente) como algo sem direcionamento pessoal. Desse tipo de pessoa, quero distância, mesmo. Se você confunde isso com prepotência, parabéns: você colabora para nosso Estado ser o lixo que é. Bem mais do que eu, que estudo e tento fazer algo de diferente pelo mundo na minha profissão - perto ou longe de onde nasci, porque não sou acorrentado a cidade ou regionalismo algum (graças a Deus).

3 - Obrigado por perceber que eu estou feliz e radiante, casado, trabalhando e estudando, na tal "cidade grande". Realmente, aqui há poluição, engarrafamentos, tudo isso que você mencionou - e por acaso não há isso em Belém, onde a área verde por habitante é menor que aqui (mesmo sendo uma cidade abençoada, criada no meio da Amazônia) e onde a violência é cinco vezes maior que a de SP? Mas, enfim, São Paulo é onde me sinto bem. É onde me sinto valorizado como profissional, onde conquistei várias coisas que minha cidade natal, infelizmente, não pôde me dar.

4- Ao contrário do que você diz, não sofro preconceitos em São Paulo - aliás, eu e minha esposa fomos muito bem recebidos aqui, embora saiba que às vezes há muita discriminação. Porém, tão ou mais preconceituoso é o povo da "elite intelectual" Belém, que, com seu pensamento provinciano e sua incapacidade de pensar criticamente sobre si, cria estereótipos da população de outras regiões e países a seu bel prazer, sem conhecer absolutamente nada da imensidão que é o Brasil. Mais confortável cheirar a patchuli que conhecer a realidade, estudando-a, não é?

5 - Preconceituosa é você, pelo visto. Meça suas palavras e tenha educação na próxima vez em que visitar meu blog, ok? Aqui não é a casa da mãe Joana, embora pessoas como você costumem passar por aqui também :o)

Abraço!

Andréa disse...

Parabéns, vc mais uma vez confirmou o que eu e muitas outras pessoas aqui vimos!! Meus comentários não foram baseados, apenas, nesse teu post, mas no blog como um todo...triste viu!!

Guto Lobato disse...

Fique à vontade para me odiar por eu ter opinião. É da diversidade de opiniões que se faz uma boa democracia.

Só lhe peço que guarde seu ódio e sua revolta para si, porque isso faz mal somente a você. Aliás, se não gosta do blog, se acha - de maneira preconceituosa, errônea, ignorante, em suma - que eu sou um filhinho de papai sem noção de nada, é só parar de me ler. Não vai fazer falta alguma, já tenho meus queridos leitores-amigos.

Reitero o que disse: gosto da minha terra, mas não tenho rabo preso para criticá-la e falar do que não gosto. Se você tem, boa sorte; seja feliz! :)

Guto Lobato disse...

Por último, mas não menos importante, lembremo-nos das palavras da Flavia Chaves, que comentou mais acima:

"Já imaginava que você receberia essas críticas... pois nunca vi um povo tão sensível como o paraense.
Cheios de não me toque...
O problema talvez comece ai, o povo não se levanta contra tudo o que há de mal neste lugar"

Aí está uma descrição do estereótipo em que você e outros anônimos daqui se encaixam, Andrea. :)

Abraços!

Anônimo disse...

Entendo como filha sua revolta contra o que você chama de "políticos nojentos, sem lei nem moral, que se prostituem por um cargo comissionado e jogam pros urubus quem não tem culpa alguma" que expuseram sua mãe para a mídia de uma forma grotesca. Penso que com o currículo que a Dra. Maria do Carmo possui ela já está calejada no convívio com este tipo de pressão política e FELIZMENTE decidiu "correr o risco" exatamente porque não desistiu covarde e precocemente (aos 22 anos!) de tentar dar sua contribuição para a saúde pública do Pará. A atitude de sua mãe em defender de imediato a Dra. Cíntia Lins e assumir publicamente a responsabilidade de suas decisões enquanto administradora da Santa Casa, de fato, revelam seu caráter. A postura de sua mãe foi ética, corajosa e merece minha admiração.
Guto, sua postura em revelar fatos desconhecidos para muitos sobre os desmandos na saúde pública do Pará também é louvável. Cada pessoa de bem usa as ferramentas que possui para contribuir com o bem comum. Espero que o sofrimento de sua família e o da família dos gêmeos natimortos não seja em vão. Tudo o que está acontecendo de um jeito ou de outro serve para denunciar o CAOS que vivemos na saúde brasileira. Os médicos paraenses em meu entendimento não devem se acovardar e simplesmente fazer as malas e se retirar para outras paragens. Nossa população precisa de médicos corajosos como sua mãe e espero sinceramente que ela não desista pois tem saúde e conhecimento para compartilhar com pessoas extremamente necessitadas. O trabalhar com a saúde pública é de fato um DOM de valor inestimável.
Entendo seu momento de filho e sua rudeza com algumas críticas que estão surgindo em seu Blog mas sinceramente penso que você poderia usar uma linguagem um pouco mais polida que faça justiça ao seu status de pós-graduando de jornalismo e possa honrar a gentileza e polidez que são uma marca registrada de sua mãe. Silvia.

Guto Lobato disse...

Silvia, obrigado pelas palavras de apoio!

Realmente, escrevi o texto em um momento de extrema raiva e, só depois, percebi a agressividade dele. Porém, prefiro não mexer mais, já que ele exprime exatamente a revolta que nós, familiares, sentirmos ao vermos nossa mãe exposta daquela maneira. É um registro importante para nós percebermos que fizemos o certo, na hora certa, entende?

No mais, você está certíssima, minha mãe tem muito mais polidez, equilíbrio e ponderação que eu. Assim como teve coragem para, mais uma vez, ter aturado esse mundinho de politicagem para tentar desenvolver um trabalho de relevância na Santa Casa.

Talvez o tempo me ensine, como ensinou a ela, que a verdade sai espontaneamente, com ou sem nosso esforço, porque - ainda! - existe justiça, divina ou terrena, nesse mundo. Por ora, ainda me esquento por demais com as calúnias, as mentiras que dirigiram a ela e à classe médica.

Obrigado de novo e visite (e comente) sempre que quiser. :)

Abraços!

Anônimo disse...

Guto,

Você disso tudo. O que esperar de uma cidade que sofre de um mal crônico e progressivo da síndrome da província? Espero que tudo seja esclarecido e os verdadeiros responsáveis punidos.

Anônimo disse...

Retificando o anterior: disse